domingo, 8 de agosto de 2010

O que dizem as palavras?

Por vezes me pergunto qual o real sentido das palavras? Uma construção lógica sobreposta ao observar humano sobre o universo, tornando este plausível aos seus olhos e demais sentidos? Tomemos como exemplo o conceito de felicidade, alegria etc. Ou como prefiro chamar contentamento. Pois, felicidade ou alegria para mim soa como algo integral e por vezes absoluto. Fator não aplicável - ao meu ver - ao sentir-se contente, nos contentamos por curtos períodos ou longos períodos, por coisas menores ou maiores, daí o meu conceito relativo e fragmentado sobre o contentamento. Sinto-me contente quando estou entre os meus pais, irmãos, amigos e familiares; faço destes momentos algo singular e os valoro bastante. Sou tão incerto com as palavras como qualquer sujeito desajustado consigo e com o mundo externo, quando as uso, faço em curtas frases ou numa só palavra. Por vezes me surpreendo com certas conversas, coisa que não acontece quando contemplo o silêncio entre estas. Tento compreender o espaço vazio que ali se dispõe, por vezes desatento. Há tanto significado nas palavras quanto no silêncio, portanto compreendo que sem elas o silêncio não teria o mesmo sentido. Seria apenas uma vaga permutação no tempo e no espaço. Sei que por vezes as palavras distorcem o que se pretendia ou soam aleatórias diante do que se esperava construir ou desconstruir. Mas, tencionando-se uma conclusão que por tais motivos também aparenta inconclusiva, creio que as palavras são necessárias por motivos óbvios e incertos e que delas devemos tirar o que há de mais belo e significativo neste universo. Por estarmos inserido nessa realidade contínua.

Diego,

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